terça-feira, novembro 28, 2017

Divulgação do Baile das Famílias - 02 de Dezembro


Josivan Alves, Venerável Mestre da Loja Maçônica "Vale do Apodi", estive nesse início de manhã, participando do Programa do radialista César Augusto, tendo como intuito, divulgar o Baile da Família.

O baile será animado por Tremendões e AlexSandro Bandeira, e estar dentro da programação dos festejos da padroeira de Apodi, sendo o encerramento da festa, que será realizado no dia 02 de Dezembro, na Loja Maçônica de Apodi.

Não fique de fora, adquira já sua senha!

Mesa R$ 80,00 / Senha Individual R$ 20,00

Entre em contato (84) 9.9660 - 8830 (Whatsapp)

segunda-feira, novembro 20, 2017

[20 DE NOVEMBRO] A MAÇONARIA E A ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA

13 DE MAIO: A MAÇONARIA E A ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA

Sem Maçonaria, não teria havido a Abolição. E sem cinco grandes maçons negros do século XIX - Rebouças, Patrocínio, Gama, Paula Brito e Montezuma - a luta pela libertação negra não seria tão marcante e fundamental.

Por Carlos Nobre

Após a morte em 24 de agosto de 1882 do advogado negro Luiz Pinto da Gama, em São Paulo - cujo sepultamento fora acompanhado por cerca de 3 mil pessoas numa cidade que, na época, tinha 46 mil habitantes - o promotor de justiça e depois juiz Antonio Bento, formado pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco de São Paulo, jurou diante do túmulo de Gama em continuar sua obra abolicionista.

Para tal empreitada, ele organizou uma sociedade secreta chamada "Os Caifazes", cujos membros eram recrutados em todas as camadas sociais e nas três principais lojas maçônicas de São Paulo: " América", " Piratininga" e " Amizade".

Essa sociedade retirava a força das fazendas paulistas os escravos e os encaminhava para o Quilombo de Jabaquara, em Santos, ou então para quilombos do Rio de Janeiro (Castellani: 1998).

Já o enterro de José do Patrocínio, jornalista mulato, morto em 30 de janeiro de 1905, contou com um roteiro previamente traçado pelos líderes abolicionistas, para que diversos oradores se revezassem em discursos de louvação ao morto ilustre em determinados lugares da cidade - como a Praça Tiradentes, Campo de Santana, por exemplo -, até chegar ao Cemitério do Caju, em São Cristóvão, no Rio de Janeiro ( Junior: 1969).

Patrocínio, nos anos 1880 do século XIX, se tornara a face popular/militante do movimento abolicionista, travando lutas ideológicas intermináveis com os representantes das elites escravocratas. Era uma mistura de Espartaco com Desmoulins (Nabuco: 1999).

Sua figura pública também expressava a articulação nacional/internacional do movimento abolicionista, que, desde dos anos 1920 do século XIX, vinha ganhando espaço/corpo na opinião pública nacional ( Albuquerque: 1970).

Embora sintetizasse o símbolo do pensador estrutural do movimento abolicionista, o engenheiro mulato André Rebouças, no entanto, não teve um sepultamento grandioso como os de Gama e Patrocínio, pois, morrera, no exílio, em Funchal, na Ilha da Madeira, Portugal, em 9 de maio de 1898, e seu corpo chegara dias depois ao Rio de Janeiro ( Santos: 1985).

No entanto, seus amigos e a direção da então Escola Politécnica, no Largo de São Francisco, no Rio de Janeiro, da qual fora aluno, professor e pioneiro em introduzir novas cadeiras de engenharia civil, prestaram-lhe homenagens que se estenderam até o século XX.

Na verdade, ele era um ícone para demais abolicionistas, pois, com sua rara inteligência, era uma espécie de civilizador do século XIX, segundo o historiador José Murilo de Carvalho, na orelha da obra de Maria Alice Rezende Carvalho, onde ele estuda a trajetória de Rebouças (Carvalho: 1998).

Outros dois negros também se destacaram nas lutas sociais do início do século XIX. O primeiro deles é o médico e advogado Francisco Barbosa Gê Acayaba Montezuma, que chegou a ser a maior autoridade maçônica do seu tempo, pois, fora, Grande Comendador Soberano do Supremo Conselho do Grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito, organismo que ele trouxe da Belgica e que disciplinou a maçonaria brasileira ainda ascendente no Brasil.

Em 17 de maio de 1865, Acayaba, o Visconde de Jequitinhonha, apresentou no Senado vários projetos de extinção gradual da escravidão. Entre os quais, se destacam: ao fim de 10 anos dali em diante, seria concedida liberdade para escravos maiores de 15 anos e ao fim de 15 anos liberdade para os demais, com a cláusula segundo a qual os senhores de escravos seriam indenizados pelo fim do trabalho escravo. Era proposta conciliatória, bem peculiar dos liberais da época, onde não queriam desagradar aos senhores de escravos nem se assemelharem com refinados escravocratas.

Conservador e " caramuru " ( partidário de Dom Pedro I no período das regências) , Montezuma chegou a ser ministro de estado duas vezes e fundou a Ordem dos Advogados do Brasil e Instituto Histórico Geográfico do Brasil ( Aslan: 1973).

Consta ainda que Montezuma fora o primeiro integrante do governo de Dom Pedro I a se posicionar contra a escravidão no Brasil, segundo o Barão do Rio Branco, também maçom, e autor do lei do ventre livre.

Trajetória não menos surpreendente pertence a outro mulato, o livreiro Francisco de Paula Brito, descobridor do talento de Machado de Assis e editor do primeiro romance no Brasil, o " O Filho do Pescador" ( 1843), de outro mulato, o escritor cabofriense Antônio Gonçalves Teixeira e Souza.

De origem humilde, Paula Brito, que nasceu liberto, fora um dos primeiros tipógrafos brasileiro da Corte, cujo mercado, na época, era monopolizado pelas tipografias francesas Nacional, Ogier e Plancher. ( Lima: 2004).

Ao lado de sua tipografia, na Praça Tiradentes, num clube criado e intitulado por ele de "Sociedade Petalógica", se reunia a nata da literatura brasileira da época que tornara o local o centro da vida literária da Corte ( Azevedo:1998).

Paula Brito foi um dos primeiros afrodescendentes a participar dos debates raciais no início do século XIX ao lançar, em 1833, o jornal " O Homem de Cor", num momento de surto nativista, onde os brasileiros procuravam valorizar suas origens étnicas em relação aos colonizadores portugueses.

Na época, em livrarias, bares, lojas comerciais, ruas e praças da Corte discutia-se a identidade racial brasileira em contraponto a cor européia, e a imprensa fora um campo privilegiado onde esse debate se visibilizou.

Havia uma mídia negra, digamos, assim, que repercutia a discussão racial através de jornais com títulos bem sugestivos, tais como " O Crioulinho", " O Crioulo", "O Brasileiro Pardo" e outros ( Lima: 2004).

Um traço marca a trajetória de todos estes cinco homens do século XIX: todos eram maçons em Lojas cariocas e paulistas, e levaram para dentro da ordem maçônica a luta contra o escravismo.

Também entre eles figurava o maestro mulato Carlos Gomes, autor da ópera o " O escravo", também maçom, só que sem a militância dos demais.

A maçonaria incorporou as propostas abolicioniostas e a e o fim do trabalho escravo entrou na ordem do dia de diversas lojas, provocando contradições e discussões complicadas sobre o negro e sua perspectiva de liberdade na sociedade brasileira.

Neste sentido, Gama, Patrocínio, Rebouças, Montezuma e Paula Brito, talvez tenham sido os afrodescendentes que mais se destacaram numa sociedade antagônica a eles, naquele período, pois, eram homens com personalidades-alma complexas: embora nascidos livres, sentiam dores internas profundas ao verem a totalidade dos negros fazendo os serviços mais pesados e humilhantes da sociedade brasileira. Para eles, a liberdade do escravo entrou na ordem do dia de suas ações políticas.

Enquanto os demais negros estavam atados a correntes, eles, os maçons negros, podiam ter escravos e ascenderem naquela sociedade, pois, estavam articulados com instâncias superiores do poder que facultavam a eles uma certa ascensão em meio a negregada sem direitos.

Mesmo por isso, eles fundamentaram suas vidas em defesa da liberdade escrava, pois, sabiam, que, naquela forma de organização da sociedade, estava contra as novas tendências de sociedade - principalmente o capitalismo, que implicava um novo sistema, ou seja, a venda da mão-de-obra no mercado de trabalho.

Diante destas apresentações políticos-estratégicas, perguntamos: como foi possível, numa sociedade escravocrata, afrodescendentes livres da escravidão, ingressarem em sociedades secretas e se tornarem militantes fundamentais da causa abolicionista, esgrimindo críticas radicais até contra as próprias ideologias dos estratos sociais que, de certo modo, favoreceram suas ascensões?

Em que medida, esta ascensão social faz parte de um esforço pessoal de "subir na vida" e não do favor, tão comum na época ? Em que medida suas ligações maçônicas facilitaram a propagação das idéias abolicionistas ? De que modo suas vozes e trajetórias raras - para os demais mulatos livres da sociedade escravocrata - não teriam um limite político-ideológico, pois, eles, eram, por outro lado, ligados as elites urbanas? E, por fim, que tipo de contribuição político-estratégica é possível identificar nessas trajetórias para futuras ações negras no Brasil?

Acho muito difícil responder estas perguntas em virtude da magnitude dos problemas levantados através delas. Neste sentido, acho mais importante perseguir algumas pistas deixados por eles e por outros para entender uma época chave de libertação negra na corte imperial.

Tenório de Albuquerque, em A maçonaria e a inconfidência mineira, mostra como a maçonaria brasileira foi diretamente influenciada pela francesa, e que o ambiente revolucionário daquele país impactou os maçons brasileiros, que viam na escravidão um entulho a ser removido para a modernização política do país. " A maçonaria lutava intimoratamente pela Liberdade, Igualdade e Fraternidade, combatia a exploração do Homem pelo Homem", escreve ele.

Claro, era uma explicação liberal que atendia a determinados pressupostos históricos sobre ascensão negra e maçonaria no século XIX, um dois mais politizados da história brasileira, devido às tentativas constantes de mudanças provocadas através de movimentos populares.

Então, a influência francesa no Brasil ganha uma dimensão particular, pois, os principais líderes da Revolução Francesa eram maçons ( Desmoulins, Marat, Mirabeau, Robespierrre, Danton) juntamente com os enciclopedistas Diderot, Voltaire e Court de Geblin.

A maçonaria européia do século XVIII, além de seu caráter iluminista, era "escolas práticas de governo", segundo Célia Marinho Azevedo, em Maçonaria, cidadania e a questão racial no Brasil escravagista, baseando-se em estudiosos europeus.

No Brasil, a maçonaria esteve desde cedo combatendo a escravidão. Em 1798, em Salvador, uma das (supostas) primeiras lojas maçônicas, a " Cavaleiros da Luz", ajudou aos escravos a iniciar a Revolta dos Alfaiates, inaugurando a primeira revolução social brasileira. Não se sabe da presença de maçons negros na " Cavaleiros da Luz".

Mas, por volta de 1820, encontramos maçons negros participando das primeiras lutas contra a escravidão, de acordo com Albuquerque, em Os maçons e a abolição da escravatura, tendo como aliados intelectuais urbanos maçons, que, também sonhavam com o fim da monarquia e a instauração da república.

Em geral, o papel dos " bodes negros" ( bode é como é apelidado o maçom brasileiro) era o de ser o elo de ligação do liberalismo das lojas e a sociedade civil, ou seja, as idéias discutidas em loja maçônica, podiam ser aplicadas para a reforma política do estado e da sociedade civil.

Em São Paulo, em meados do século XIX, Luiz Gama era o advogado da loja " América" dedicado a libertar escravos através de ações judiciais ou mesmo tirando-os à força das fazendas e, depois, encaminhado-os para esconderijos articulados com a luta abolicionista como o Quilombo de Jabaquara, em Santos. Gama se tornara, então, um herói popular em todo o Brasil, e é provável que tenha libertado centenas de escravos em ações judiciais, segundo ( Azevedo; 1999).

Existem várias biografias sobre André Rebouças. Destacamos algumas delas, quais sejam: André Rebouças, de José Louzeiro; André Rebouças e seu tempo, de Sidney G. dos Santos; O quinto século. André Rebouças e a construção do Brasil, de Maria Alice Rezende de Carvalho, e André Rebouças. Reforma e utopia no contexto do segundo reinado, de Joselice Juca.

Esses autores enfatizam a inteligência, o caráter e a capacidade de Rebouças em pensar a ação abolicionista para frente, ou seja, Rebouças, previa, após a Abolição, a instalação da reforma agrária, onde os libertados poderiam receber terras para desenvolver atividades agrícolas, já como cidadão livre dos grilhões. Maçom, de uma loja não identificada, possivelmente a "União e Tranquilidade", do Rio de Janeiro, ao qual pertencia Patrocínio, Rebouças fora amigo de outro maçom negro famoso, o maestro Carlos Gomes, que, no entanto, nunca foi um militante das causas abolicionistas.

Cyro Flamarion Cardoso organizou estudos variados no livro Escravidão e Abolição no Brasil, onde cita autores que mostram que o processo abolicionista foi um movimento social urbano, apoiado pelas massas excluídas do processo de cidadania, com base na classe média, sem posses agrárias, que surgia nas cidades, principalmente no Rio de Janeiro e São Paulo. Este fato fica bem claro ao acompanharmos a trajetória de Patrocínio em A vida turbulenta de José do Patrocínio, de Raimundo Magalhães Jr., onde as redes de relações do jornalista estavam mais fincadas em novas elites urbanas, sustentadas pelo positivismo e pelas idéias republicanas, que, dos meados do século XIX até 1889, caminharam juntas com o processo abolicionista.

Neste sentido, ao nos aproximarmos, por exemplo, da análise dos jornais abolicionistas (existiram vários), é necessário também consultar os jornais de linha escravocratas, que também exprimiram as reações das elites agrárias expressas em golpes regimentais na Câmara e Senado para que leis abolicionistas não fossem aprovadas; manipulações de processos jurídicos; cooptação de líderes abolicionistas; apadrinhamentos e aplicação de políticas imigracionistas, entre outras reações ao fim da escravidão no Brasil no século XIX.


Bibliografia

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domingo, novembro 19, 2017

Futuros Maçons e Samaritanas da "Vale do Apodi"


Nesta última quinta-feira (16), a Loja Maçônica "Vale do Apodi", fez uma reunião administrativa, conduzida pelo seu Venerável Mestre, Josivan Alves, no qual, vários Irmãos e Cunhadas Samaritanas puderam retirar dúvidas e apresentar um breve resumo sobre as Ordens para os 03 profanos (candidatos aprovados por nossa assembleia) que irão iniciar próximo mês. 

Na reunião, o Ir.'. Orador, Geruciano Rodrigues, fez um relato muito rico sobre a história da maçonaria, perpassando desde sua fundação - mudança de Operativa para Especulativa - quanto a importância histórico-cultural nas lutas nacionalistas brasileiras. Falou também que a ordem é iniciática, com isso, os futuros Irmãos terão que passar por algumas viagens simbólicas no qual é parte fundamental da iniciação. 

Os 03 candidatos, Édjanio, Jakson e Luís, juntamente de suas respectivas esposas, puderam ouvir atentamente toda a reunião e retirar todas as suas dúvidas sobre o assunto. 

O Ir.'. Tesoureiro, Ocelino Moreira, explicou sobre as obrigações monetárias que cada maçom tem para com sua Loja e Potência, e que a iniciação, ocorrerá, após o cumprimento dessas obrigações iniciais. 

A Presidente do Clube de Samaritanas, a Cunhada Flávia Marinho, explicou que a iniciação das futuras Samaritanas ocorrerá na primeira reunião do clube, no ano de 2018. 

Já o venerável, Josivan Alves, didaticamente, após pontuar diversos assuntos importantes sobre a ordem, informou que a Iniciação ocorrerá aos 16 dias do mês de Dezembro (2017), mesmo dia que, ocorrerá o festejo Natalino da Loja. 

Alguns Irmãos presentes puderam reforçar as falas e questionamentos resolvidos pelo Venerável, Tesoureiro e Orador. 

Antes do termino da reunião, Josivan Alves, convidou todas as pessoas para se fazerem presentes no "Baile das Famílias", que ocorrerá dia 02/12, ao som de Tremendões.


T.'.F.'.A.'.
ARLS "Vale do Apodi"

quarta-feira, novembro 15, 2017

Definido orçamento do GORN para 2018


A Poderosa Assembleia Legislativa Maçônica do GORN, presidida pelo Irmão Severino Nogueira de Melo, aprovou na última sessão ordinária do ano o Orçamento Geral do Grande Oriente do Rio Grande do Norte para 2018.

O Projeto de Lei número 006- 2016/2019 orça receita e fixa as despesas do GORN para 2018 em R$ 263.890,00, com contingenciamento de valores referentes à conta 3.3.90.33.00 do sistema orçamentário, de acordo com a Lei 006-2007/10. 

A Sessão aprovou a prestação de contas da PALM deste exercício, o relatório de atividades e a prestação de contas do Grão Mestre relativo ao ano de 2016 e definiu os valores das principais taxas e emolumentos para o exercício de 2018: per capita, R$ 230,00; iniciação, R$ 550,00; filiação/regularização, R$ 455,00; elevação, R$ 275,00; exaltação, R$410,00; emissão de carteira de identidade maçônica, R$ 20,00, e boletim oficial, R$ 180,00. 

Ainda durante a Sessão ocorreu a de deputados suplentes das lojas Clementino Câmara, Cícero Bezerra Júnior; Vale do Apodi, Geraldo Souza de Menezes; Rio Potengi, Sérgio Roberto Carlos, e Armando Fagundes, Haroldo Pinheiro Borges. 

A Assembleia, por Resolução, distinguiu com o título/diploma de membro honorário os Irmãos que prestaram serviços como deputados por mais de 12 anos: Genário Freire de Medeiros, Loja 24 de Junho; José Edival Germano Martins, Loja Bartolomeu Fagundes; José da paz de Souza Araújo, Loja Bartolomeu Fagundes, e Vicente Paulo Fernandes, Loja Obreiros de Santos Reis. 

E, no Grande Expediente, os deputados homenagearam várias empresas com o diploma de agradecimento, por terem contribuído financeiramente na realização do II CONGRESSO BRASILEIRO DE PALMs dos Orientes jurisdicionados à COMAB.

Foram agraciadas Aram Natal Mar Hotel, Piscinas e Construções, Vitrine Maçônica, Amigo Bicho, FECOMERCIO-RN, Artmed Comercial, Rede Mais Supermercados e Eletro Hospitalar.

Após a reunião, houve um coquetel de confraternização pelo encerramento das atividades neste exercício, sendo servido um jantar aos participantes.

Fonte: Blog do GORN

A participação da Maçonaria na Proclamação da República


Waldir Ferraz de Camargo 

A Maçonaria esteve presente em todos os principais acontecimentos históricos do Brasil e que culminaram no país que hoje vivemos. Diferente não poderia ser a sua participação na Proclamação da República. “A partir de hoje, 15 de Novembro de 1889, o Brasil entra em nova fase, podendo se considerar finda a Monarquia, passando a regime francamente democrático com todas as consequências da liberdade.” Assim iniciava o editorial da Gazeta da Tarde, da edição do dia 15, anunciando o levante político-militar que instaurou a forma republicana presidencialista de governo no Brasil, pondo fim à soberania do imperador D. Pedro II.

Esse fato histórico, talvez o mais importante do país, teve como líderes e idealizadores maçons ilustres que hoje figuram nos livros de História, tais como Marechal Deodoro da Fonseca, Benjamim Constante, Rui Barbosa, Silva Jardim, Campos Sales, Quintino Bocaiuva, Prudente de Morais, Aristides Lobo e muitos outros.

A idéia republicana já era antiga no Brasil: nós a vemos na Guerra dos Mascates (1710), na Inconfidência Mineira (1789), na Revolução Pernambucana (1817), na Confederação do Equador (1824) e na Revolução Farroupilha (1835). O país clamava pela República e sua proclamação era uma questão de tempo. O Império estava desgastado e vagarosamente ruía, principalmente após a Guerra do Paraguai (1870) onde o Brasil mesmo sendo vitorioso não soube valorizar o Exército, seu principal agente, causando grande descontentamento na classe militar. A Igreja, por sua vez, queria a liberdade, pois se encontrava submetida ao padroado imperial.

Outro fato importante que fez com o Império perdesse sua sustentação foram as leis antiescravistas: Ventre Livre (1871), Sexagenários (1885) e Áurea (1888), fervorosamente defendidas nas Lojas Maçônicas. Entrelaçando esses e outros fatos a Maçonaria, através das Lojas Vigilância de São Borja (RS) e Independência e Regeneração (ambas de Campinas), aprovaram um manifesto contrario ao advento de um terceiro reinado e enviaram a todas as de demais lojas do Brasil, para que tomassem conhecimento e apoiassem essa causa. Mais uma vez a Maçonaria estava à frente liderando um movimento democrático.

Em 10 de novembro, na casa de Benjamim Constante, diversos maçons se reuniram, entre eles Francisco Glicério e Campos Sales, decidindo marcar para o dia 20 a tomada do poder, tendo à frente o militar de mais alta patente, o marechal Deodoro da Fonseca, que seria o primeiro presidente da República. A data teve de ser antecipada face a um boato ardilosamente arquitetado de que o governo havia mandado prender Deodoro da Fonseca. Confirmado depois que se tratava realmente de um boato.

Assim, na manhã do dia 15, Deodoro, que estava doente em sua casa, atravessou o Campo de Santana e do outro lado do parque conclamou os demais revolucionários ali aquartelados. Ofereceram-lhe um cavalo que nele montou e, segundo testemunhas, tirou o chapéu e gritou: “Viva a República!”. Depois apeou, atravessou o parque e voltou para sua residência. Na tarde do mesmo dia o ato foi confirmado na Câmara Municipal do Rio de Janeiro e oficialmente proclamada a República do Brasil.

Faz-se necessário aqui uma justiça ao imperador D. Pedro II, um homem culto, ponderado, também maçon, que, contrariando a opinião pública, não lutou pelo trono, pois não queria ver derramamento de sangue, reconhecendo que para o Brasil este seria seu novo e melhor destino. Numa atmosfera que se desenhou entre o pasmo e o temor dos monarquistas e admiração dos sensatos, passados apenas dois dias o imperador parte com toda sua família para a Europa, levando com ele meio século de história do Brasil Imperial, deixando renovadas as esperanças de se construir uma nova nação, com bases nos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, cercada pela bonança esperançosa da paz.

Nota: O autor é licenciado em história, funcionário público estadual e membro da Loja Maçônica “Deus, Pátria e Família” de Bauru


T.'.F.'.A.'.
ARLS "Vale do Apodi" 

128 ANOS ATRÁS - MAIS UM IRMÃO ENTRAVA PARA A HISTÓRIA DA NOSSO NAÇÃO


O Ir.'. e Marechal Deodoro da Fonseca, aos 15 dias do mês de Novembro do ano de 1889, proclamava no Estado do Rio de Janeiro, na época, capital do Brasil, a República Federativa Presidencialista do governo no Brasil, derrubando a monarquia constitucional parlamentarista do Império do Brasil. Assim, foi, então, proclamada a República do Brasil.

A proclamação ocorreu na Praça da Aclamação (atual Praça da República), na cidade do Rio de Janeiro, então capital do Império do Brasil, quando um grupo de militares do exército brasileiro, liderados pelo marechal Manuel Deodoro da Fonseca, destituiu o imperador e assumiu o poder no país.

Foi instituído, naquele mesmo dia 15, um governo provisório republicano. Faziam parte, desse governo, organizado na noite de 15 de novembro de 1889, o marechal Deodoro da Fonseca como presidente da república e chefe do Governo Provisório; o marechal Floriano Peixoto como vice-presidente; como ministros, Benjamin Constant Botelho de Magalhães, Quintino Bocaiuva, Rui Barbosa, Campos Sales, Aristides Lobo, Demétrio Ribeiro e o almirante Eduardo Wandenkolk, todos membros regulares e Irmãos da maçonaria brasileira.

Irmão Deodoro da Fonseca

Manuel Deodoro da Fonseca (Alagoas, 1827 - Rio de Janeiro, 1892) (65 anos) - Militar e político brasileiro, proclamador da República e primeiro presidente do Brasil.

O Governo de Deodoro foi marcado pelo esforço da implantação de um regime de Estado Republicano. Entretanto, foi caracterizado por grande instabilidade política e econômica, devido às tentativas de centralização do poder, da movimentação de opositores da queda do Império, e por parte de outros setores das Forças Armadas descontentes com a situação política republicana.


INICIAÇÃO MAÇÔNICA: 20 de setembro de 1873 (46 anos)
LOJA: Loja Rocha Negra
ORIENTE: São Gabriel, RS, Brasil.


T.'.F.'.A.'.
ARLS "Vale do Apodi". 

domingo, novembro 12, 2017

Nota de Pesar a Família da Sra. Benedita Ferreira Freire - Dona Moça



Meus Irmãos e família,

A Loja Maçônica Vale do Apodi, bem como toda sua Família Maçônica, composta por todas as entidades paramaçônicas filiadas, se sensibiliza com a partida para o Oriente Eterno da Sra. Benedita Ferreira Freire (Dona Moça), mãe dos Irmãos Ivo Freire de Araújo, Tarcísio Paulo Freire e Marcos Antônio Freire,  sogra dos Irmãos Francisco Batista de Araújo e Alfeu Dantas Pinto, e avó da cunhada Ariane Freire.

As pessoas são insubstituíveis em sua existência, e quando são especiais, além da falta que fazem àqueles que as amam, deixam o mundo mais pobre. Sem ela, o mundo perde um pouco do seu brilho, alegria e cor. Que a luz e o amor do Grande Arquiteto do Universo pairem sobre a alma de quem sofre esta imensurável perda, e os console e lhes dê serenidade para atravessar esta tempestade.

Josivan Alves
Venerável Mestre

sábado, novembro 04, 2017

[FDJ/Apodi]: Festa das Crianças!


Final de semana passado, no domingo (29), o Bethel 07 - Princesas do Vale (Apodi), das Filhas de jó Internacional, realizaram uma filantropia com as Crianças dos Sítios Carafossa, Baixa Fechada e adjacentes. 

Durante o evento teve brincadeiras, comidas, lancheiras, presentes e muita diversão. Atendendo cerca de 120 famílias, através do seu filho. Foi uma ação muito proveitosa e contou com grande participação da Família Maçônica, inclusive, o Irmão Venerável Mestre, Josivan Alves, e a cunhada Flávia Marinho, Presidente do Clube de Samaritanas estiveram presentes no evento. 

"Essas ações enobrecem e fortalecem cada vez mais o nome e ações da Maçonaria Apodiense. Fazendo com que nossa sublime ordem ganhe destaque positivo na mídia local, quebrando o preconceito que ainda existe para conosco.", destacou o Venerável, Josivan Alves.         

Esta ação fez parte do jogo do Grande Bethel, do Grande Conselho Guardião das Filhas de Jó, para o Estado do Rio Grande do Norte. Porém, em Apodi, devido o apoio, tradição e força da Família Maçônica, esta ação tornou-se grandiosa e de suma relevância para os participantes.

"Este ano não houve festa das crianças, logo, esta ação, proporcionou, para muitos, a unica forma de ser presenteado e participação numa festa para eles. Principalmente, tratando-se de crianças em vulnerabilidade social, como as das comunidades rurais atendidas por esta ação", enfatizou a guardiã do Bethel, Raryssa Câmara.  


T.'. F.'. A.'.
ARLS "Vale do Apodi"