quinta-feira, outubro 26, 2017

#SAVETHEDATE!



LIBERDADE, IGUALDADE, FRATERNIDADE.


A primeira, representada pelo prumo, consiste na libertação da ignorância, do vício, do erro e das paixões que degradam e embrutecem o homem e o tornam escravo de seus desejos.

A igualdade corresponde ao nível que nos ensina a unidade fundamental de todos os seres com os princípios de equidade e justiça.

A fraternidade simbolizada pelo esquadro é a união dos dois princípios anteriores que nos fazem conceber que somos filhos de um único Pai e de uma só Mãe. 

Só o Mestre pode praticar, efetivamente, a fraternidade, porque no grau de Aprendiz se fez livre, no de Companheiro, se fez justo. 

(Everardo J Magalhães - M∴M∴)

quarta-feira, outubro 25, 2017

NOTA DE PESAR AO IRMÃO CÉSAR E FAMÍLIA


Meus Irmãos e família,

A Loja Maçônica Vale do Apodi, bem como toda sua Família Maçônica, composta por todas as entidades paramaçônicas filiadas, se sensibiliza com a partida para o Oriente Eterno da Sra. Francisca Diógenes de Carvalho, Mãe do grande Irmão Antônio César de Morais.

As pessoas são insubstituíveis em sua existência, e quando são especiais, além da falta que fazem àqueles que as amam, deixam o mundo mais pobre. Sem ela, o mundo perde um pouco do seu brilho, alegria e cor. Que a luz e o amor do Grande Arquiteto do Universo pairem sobre a alma de quem sofre esta imensurável perda, e os console e lhes dê serenidade para atravessar esta tempestade.

Josivan Alves
Venerável Mestre

A PSICANÁLISE


Rizzardo da Camino

É a ciência que estuda o subconsciente, usando métodos apropriados.

Apesar de constituir uma ciência moderna, de um século atrás, o estudo da mente ou da alma, como querem alguns, sempre existiu.
Quem se submete a uma análise estará abrindo a sua mente e revelando em voz alta, a quem o escuta, todas as suas intimidades, até as mais escabrosas ou ingênuas.

O tratamento consiste, portanto, numa 'autoação' provocada pelo dirigente, que deve ser profissional.

Maçonicamente, e isso é tradicional, é oferecido ao Maçom uma garantia plena, a de que tudo que ele possa revelar de si ou de outrem não se tornará público, pois, ao final dos trabalhos, todos os presentes juram nada revelar do que se passou na reunião.

Quando o assunto necessitar maior cuidado, o Maçom é convidado a se colocar entre colunas, momento em que poderá abrir o seu coração, sem que sofra qualquer admoestação ou crítica.

São métodos de psicanálise que a Maçonaria usa há séculos.

Na formação da Cadeia de União, também, o Maçom põe para fora tudo o que esta pressionando, retirando-se, depois, completamente aliviado.

Do livro Breviário Maçônico - Para o dia-a-dia do Maçom - 3ª Edição, 1999, Madras Editora Ltda

segunda-feira, outubro 23, 2017

O MEDO DE ENXERGAR A VERDADE PROVOCA A FORÇA DA IGNORÂNCIA - [PARTE II]



Por: Erick Morais
Com um sistema posto para que os indivíduos se sintam “confortáveis” ou, no mínimo, em uma potencial condição de satisfazer as suas “necessidades” e, por conseguinte, sentir-se “confortáveis” e “bem-atendidos”, uma vez que o consumo (pedra angular da satisfação e do controle) está sempre ao alcance das mãos (aliás, nem é preciso sair do lugar para entrar na roda de felicidade do consumo), torna-se extremamente fácil manter a sociedade em ordem.

E como estamos falando de uma sociedade de controle, não é preciso dizer que existe dura repressão para todos os que fogem à ordem posta, os quais são vistos como “inadequados” ou como prefere Huxley em sua obra – “selvagens”. 

Todavia, como todo bom sistema que evolui, a repressão não ocorre de modo explícito ou através de chicotes, e sim, de maneira “invisível”, a partir da “liberdade” que gozamos, posto que a repressão mais perfeita é aquela que não precisa acontecer, pois é introjetada pelo próprio indivíduo em si mesmo.

Diante de tantas condições favoráveis à escravidão e dissociadas, portanto, da liberdade, torna-se fácil compreender o porquê da maior parte de nós preferir continuar na caverna e tomar o ilusório como real. 

Da mesma maneira que se compreende o motivo de sermos agentes repressivos contra os que fogem do sistema, sejam os outros, sejam nós mesmos. O que implica dizer que glorificamos a mentira e tomamos por impostores os que se dedicam à verdade, afinal, como disse Orwell “quanto mais a sociedade se distancia da verdade, mais ela odeia aqueles que a revelam”.

Posto isso, há de se considerar que ao aceitar o modo como a sociedade se organiza e todos os seus ditames, automaticamente decidimos permanecer na caverna e contribuir para a manutenção de um sistema de organização social que por trás de alegria, gozo e satisfação, esconde exploração, desigualdade e ignorância. 

Apesar de não haver condições próprias para que haja um despertar do indivíduo da sua situação de ignorância, como já exposto, é imperioso que se entenda que o modo hierárquico da sociedade não se modificará de cima para baixo, de tal forma que é necessário a cada indivíduo, dentro das suas oportunidades, tentar buscar pontos de luz que o ajudem a encontrar a saída da sua ignorância e, por conseguinte, da sua condição escrava.

Se o desconhecido magnetiza pelo medo, é apenas o conhecimento e a liberdade que nos permitem enfrentá-lo, sabendo que todo aquele que desperta sempre apontará para as correntes daqueles que permanecem presos. 

Todavia, também devemos ter em mente que muitos, por mais oportunidades que recebam, irão preferir permanecer na sua ignorância, na caverna, na Matrix ou qualquer palavra que representa o antônimo da liberdade, pois o estado de espectador é sempre mais cômodo, já que, ainda que no filme apresentado os exploradores sejam os protagonistas, sempre há pipoca e refrigerante suficientes para manter os explorados de boca fechada.
Assim sendo, levantar do cinema, ser um selvagem ou tomar a pílula vermelha, continuam sendo atos de coragem, espalhados e diminutos, pois, como disse Nietzsche “por vezes as pessoas não querem ouvir a verdade, porque não desejam que as suas ilusões sejam destruídas”. 

Entretanto, é necessário destruir as nossas belas e confortáveis ilusões para que possamos ser sujeitos autônomos e livres, porque é o medo que possuímos da verdade que provoca a força da ignorância e permite o nosso controle.

Texto Original postado no blog do GORN.

O MEDO DE ENXERGAR A VERDADE PROVOCA A FORÇA DA IGNORÂNCIA - [PARTE I]



Por: Erick Morais

Permanecer ou sair da caverna? 
Uma questão que atravessa a história desde que os homens se compreendem como homens. 

É melhor desfrutar de uma realidade fantasiosa, mas confortável ou vivenciar a verdade com toda a sua dureza? 
Viver como sujeito consciente tem um alto preço psicológico. 

No próprio mito da caverna, percebemos que os homens tendem a preferir se contentar com as sombras, do que conhecer o lado de fora, afinal, por mais falsas que as sombras sejam, elas estão sob a proteção constante das rochas da caverna. 

Isso significa que, ao decidir sair, não há mais volta, pois as rochas que o olhar de servo entende como de proteção — para os que despertam — representam aprisionamento.

O desconhecido magnetiza pelo medo. 
Dessa forma, na maior parte das vezes, preferimos permanecer onde estamos, por mais adversa que a situação seja, uma vez que o velho goza do benefício do conhecimento e da permanência, o que o torna menos temido do que o novo, o qual ainda não se conhece e não se sabe o que cobrará de nós. 

Dito de outro modo, ainda que a situação que vivenciamos seja adversa, tendemos ao comodismo pelo medo do que ainda não se conhece e, portanto, pode ser pior do que o que já se vivencia.

Esse comodismo ou complacência, entretanto, não se restringe ao medo do desconhecido, mas também a própria falta de vontade em esforçar-se para que a condição seja modificada, o que, consequentemente, faz com que os elementos e institutos aplicados com a finalidade de manutenção do status quo sejam bem-sucedidos. 

Não à toa, vivemos na era da servidão voluntária.

No entanto, se vivemos em um mundo “fantasioso”, não é possível que a alcunha de “era da servidão voluntária” possa ser exposta de maneira clarividente. 
É necessário que ela seja transformada, melhor: ressignificada – para usar um termo de Baudrillard, filósofo que tão bem falou sobre a nossa Matrix – e, assim, a servidão voluntária se transforma em admirável mundo novo, lugar em que a técnica, com todo o seu esplendor, consegue suprir todas as necessidades humanas.
Evidentemente, as revoluções técnicas que aconteceram, grosso modo nos últimos 200 anos, trouxeram importantes conquistas, descobertas e aperfeiçoamentos que tornaram a nossa vida melhor em vários aspectos. 

Contudo, a história nos mostra que entre a real capacidade dessas revoluções e o que delas se extrai (e como se extrai) há um grande abismo. 

Sendo assim, a nossa realidade se aproxima muito mais das grandes distopias do século XX do que de um éden 3D.

Embora essa realidade esteja mais do que clara, o que se observa, ao contrário do seu questionamento, é o seu fortalecimento.
Nesse sentido, o avanço técnico é fundamental, já que quanto mais os sistemas de controle se desenvolvem, maior é a capacidade de “gerir” a vida dos subordinados. 

À vista disso, é interessante perceber que o indivíduo administrado se acha bem atendido nas suas necessidades, o que hoje, resume-se em grande parte, ou na totalidade, em consumir.

Texto Original postado no blog do GORN.

domingo, outubro 22, 2017

NOTA DE PESAR


Meus Irmãos e família,

A Loja Maçônica Vale do Apodi, bem como toda sua Família Maçônica, composta por todas as entidades paramaçônicas filiadas, se sensibiliza com a partida para o Oriente Eterno do Sr. Antônio Leite de Lima, avô do nosso querido sobrinho DeMolay, Victor Silva.

Não temos palavras para expressar os nossos sentimentos. Pedimos ao Pai Celestial que conforte o coração dos familiares e amigos neste momento de dor. Que a luz e o amor divino pairem sobre a alma de quem sofre esta imensurável perda, e os console e lhes dê serenidade para atravessar esta tempestade.

Josivan Alves
Venerável Mestre

quarta-feira, outubro 18, 2017

PROGRAMAÇÃO MAÇÔNICA MARCA O DIA MUNICIPAL DO MAÇOM E O ANIVERSÁRIO DE 37 ANOS DA LOJA MAÇÔNICA VALE DO APODI


Nesta segunda-feira (16) e terça-feira (17), a Loja Maçônica "Vale do Apodi" comemorou com uma intensa programação o seu 37° aniversário de fundação, bem como o Dia Municipal do Maçom.  Ocorrendo uma Sessão Solene e uma Sessão Magna Branca.

Na segunda, dia 16, houve a sessão solene na Câmara Municipal de Apodi, proposta pelo Vereador José Gilvan Alves, autor também das Leis Municipais que instituíram o Dia Municipal do Maçom e o título de Utilidade Pública da Loja Maçônica de Apodi.


Durante a Sessão Solene 10 membros da Loja Maçônica foram agraciados com Moções de Congratulações e Aplausos e a entrega de uma Medalha condecorativa, alusiva a investidura ao 33° grau - Grandes Espectores Geral da Ordem - por esse nobres maçons.

Na Augusta Casa das Leis de nosso município, estiveram presentes toda a família Maçônica Apodiense (DeMolays, Escudeiros, Abelhinhas, Filhas de Jó, Samaritanas, Clube de Mães e Maçons), e puderam ver Antônio Ferreira de Lima (Antônio de Zuza) e Geraldo Souza de Menezes (Geraldinho) serem condecorados com a Medalha Ilustre Mestre - Altino Dias de Paiva, e a Comenda Ilustre Irmão - Luiz Gonzaga de Melo, respectivamente.


Já na terça, dia 17, houve a Sessão Magna Branca, que ocorreu no templo da Augusta e Respeitável Loja Simbólica Vale do Apodi, n°17, que contou com a presença de toda a família maçônica Apodiense, bem como da sociedade civil e autoridades maçônicas. Ainda houve uma homenagem ao agora Maçom Emérito do Grande Oriente do Rio Grande do Norte, Dudu.  


Destacamos a presença da comitiva de maçons das cidades de Pau dos Ferros, Mossoró e Caicó. Esteve abrilhantando a noite, o Venerável Mestre da Loja Maçônica 13 de Setembro.

Esteve também presente, o maçom percursor das entidades paramaçônicas no nosso Estado, Joaquim Aprígio Neto, que esteve acompanhado da Grande Guardiã do Grande Conselho Guardião para o Estado do Rio Grande do Norte - das Filhas de Jó.

O Soberano Grão-Mestre, Antônio Gomes e sua comitiva do Grande Oriente do Rio Grande do Norte esteve presente, e o mesmo pode proferir uma mensagem de reconhecimento e união dos maçons, baseando numa série de preceitos essenciais para o convívio social da ordem e da sociedade como um todo. 


Foram duas noites de muita festa e comemorações, que sob a condução do Venerável Mestre, Josivan Alves, fizeram, apesar de ser o primeiro ano, com que a cidade de Apodi, possa ter uma vez ao ano, uma programação especial dedicada aos Pedreiros que buscam sempre um município, Estado e País melhor. 

Por fim, na área de lazer, houve um jantar, bolo, e muita diversão no embalos da banda Altos Tons.

Veja alguns registros Fotográficos: 












domingo, outubro 01, 2017

AS ARMADILHAS DA IMPERFEIÇÃO




Jurandy Cordeiro de Souza Júnior

A perfeição impõe ao homem o controle total sobre a vida, não abrindo espaço à experiência, à pesquisa e à livre criação. Ao negar-lhe qualquer possibilidade de erro, este homem está se impedindo de aceitar a si mesmo e de buscar o seu conhecimento interior.

O conceito de perfeição, que a cultura ocidental considera como sinônimo de valor máximo em todas as ordens, foi exaltado por certa expressão histórica do cristianismo como o mais sagrado dos imperativos para o gênero humano: ser perfeito como Deus é perfeito.

Os que vivem tomados por esta dinâmica acusam uma sensação constante de inadequação, sentindo-se malfeitas e incapazes de aceitar os próprios erros. Vivem na presença de um juiz implacável. Descobrem-se desprovidos de espontaneidade, necessitando funcionar com a precisão de um relógio suíço, vivendo em função de normas, programas e certezas, como se tudo fosse um laboratório.

A perfeição exige seres frios emocionalmente, que se nutrem de desestima, de sentimentos de culpa e de remorso todas as vezes que cometem um erro ou insucesso. Seus atos tem a necessidade de ser aprovados pelo juiz interior e pelos outros.

O ideal de perfeição exerce um controle sobre a nossa realidade, não havendo espaço para a espontaneidade, impedindo a pesquisa, sondagens ou experiências e aventuras.

Aceitar as próprias limitações é aceitar a si mesmo, daquilo que se é realmente, sem alienar-se de nada nem do passado nem do presente. Quem é dominado pela ideia de ser perfeito funciona com uma espécie de “repelente”, mas ao repelir-se quando erra, está errando porque se rejeita. A perfeição predispõe a pessoa a tratar com antipatia tudo o que é imperfeito, sendo muita baixa a sua tolerância com o que se afasta do perfeito.

Para ser feliz, o homem deve aceitar-se tal como é. Nenhum outro animal, exceto o homem, dá-se ao desprezo devido às próprias imperfeições. O conceito que temos de perfeição nos faz elaborar conceitos, emoções e comportamento de tal modo que poderemos ser vítima de uma psicologia da perfeição, exigindo que o nosso sistema mental trabalhe de forma indefectível e infalível, admitindo que o erro e o insucesso são inimigos da vida.
Mas é sabido que o erro é a matéria-prima da vida, podendo surgir numerosos recursos, e oferece a oportunidade de limar as asperezas de nossa conduta em relação a nós mesmos e aos outros.

O verdadeiro sucesso está em tirar proveito de nossas fraquezas, fazer um uso construtivo de nossos erros. A perfeição caracteriza-se pelo excesso, na ansiedade de ir cada vez mais para cima, sobressair-se, de estar por cima.

Se mudarmos o modo de pensar poderemos alterar a nossa relação com este fardo de imperfeições que carregamos.
Conhecer nosso limite poderá consequentemente orientar o sistema mental de tal modo que as reações emocionais e comportamentais em relação a nós mesmos, aos outros e à vida em geral, se torne um exercício constante de adaptação à realidade, proporcionando mudanças com qualidade.

Não temos como não cometer erros, não ter defeitos, podemos porém aprender a servir-nos deles. O sistema mental coloca-se na condição de aceitar os próprios defeitos. A perspectiva produz representações internas aptas à aceitação de si.

A perspectiva do limite reorienta a pessoa para aquilo que ela realmente é. Nessa reorientação não sofremos uma limitação, ao contrário, aceitamos nossa própria realidade limite. Nesse caso, aceitamos algo essencial: o próprio eu.

Texto postado no Blog do GORN

REUNIÃO RITUALÍSTICA DO CAPÍTULO DEMOLAY DE APODI-RN


Neste domingo (01), foi realizado mais uma reunião ritualística do Capítulo DeMolay - Príncipe do Vale do Apodi.

Na oportunidade, o Venerável Mestre, Josivan Alves, se fez presente na reunião, juntamente do Ir.'. Segundo Freitas.

"Só temos a agradecer a todos os Irmãos que dedicam tempo e amor para manter nossas ordens paramaçônicas funcionando e propaganda o nome de nossa Loja ao quatro cantos do Estado.", destacou o Venerável, Josivan Alves.


Este final de semana foi bastante produtivo em nossa Loja, tendo boas reuniões das entidades paramaçônicas patrocinadas por nossa Loja Maçônica. 


T.'.F.'.A.'.
ARLS "Vale do Apodi"

ALIENAÇÃO SOCIAL




Juliana Vannucchi
Alienação social é um termo que se refere à maneira pela qual membros de uma sociedade tornam-se padronizados e perdem – ainda que parcialmente – seu senso crítico.

Dessa forma, surge como consequência o “senso comum”, que é um conjunto de crenças e suposições populares edificadas a partir da falta de reflexões profundas. Ou seja, o senso comum é o que torna tudo raso e supérfluo.

A palavra “alienação” vem do latim alienus, e significa “algo que vem de outra pessoa”.

Karl Marx foi um dos principais filósofos que estudaram o significado da palavra “alienação”, bem como suas causas e consequências.

Em suas obras, o pensador alemão relacionou essa palavra diretamente à noção de trabalho, explicando que os homens, para sobreviver, submetem-se à venda de sua força de trabalho, e isso gera desigualdade social e ocasiona uma divisão das relações sociais.

Assim, para Marx, um sujeito submete-se à alguma coisa sem ao menos questionar sobre as razões históricas e sociais que fizeram com que tal coisa se tornasse aquilo que é.

Há uma categorização elaborada em torno do tema “alienação social”, que a divide em três classes: a alienação econômica, a intelectual e a social.

Na econômica os produtores não se veem como produtores; na social o homem sente-se separado do meio externo e coloca a sociedade como sendo “o outro”; e na intelectual os indivíduos consideram as ideias como sendo universais, tomam-nas como verdades absolutas, reproduzem-nas e tendem a perder seu senso reflexivo (grifo nosso).

Todas elas, apesar de suas diferenças, possuem um aspecto em comum: resultam num mesmo fator, que é o surgimento de uma Ideologia. A Ideologia é uma elaboração intelectual da classe dominante e dirigente, que passa a ser incorporada pelas outras classes sociais.

Assim, essas outras classes (compostas pelos cidadãos alienados) irão reproduzir as ideias, pensamentos e opiniões dos dominantes ou dirigentes.

Dentro de tal contexto, aqueles que se tornam alienados e, conforme já mencionado anteriormente, perdem sua capacidade crítica, passam a reproduzir o que lhes é passado pelos outros e acabam por viver num mundo de aparências e dissimulações, pois encaram e vivem seu cotidiano somente sob uma perspectiva já formulada por outros, e não por eles próprios (conforme a tradução da terminologia latina citada anteriormente: algo que vem de outra pessoa).

Portanto, esses indivíduos alienados irão se submeter aos valores pregados pelas instituições vigentes.

O grande problema da Alienação Social, qualquer que seja a categoria em que se manifeste, é que o indivíduo atingido por ela torna-se padronizado e tem seus pensamentos limitados.

Filosoficamente isso é um grande obstáculo, pois representa a perda da autonomia dos homens, além de significar uma aceitação e um plágio inconsciente do que outras pessoas dizem e pensam.

A Filosofia deve atuar na batalha contra a perda do senso crítico, pois é capaz de despertar a indagação no ser humano e levá-lo a examinar a realidade que o cerca, podendo assim instaurar a emancipação do pensamento, da consciência e da subjetividade de um homem.


Texto postado no Blog do GORN.